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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Crise com EUA e União Europeia pode elevar exportações de carne do Tocantins



(PALMAS-TO) - O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Tocantins (Sindicarnes/TO), Oswaldo Stival Júnior, disse que o Estado já estava habilitado com duas plantas (frigoríficos) para a Rússia - o Minerva, em Araguaína, e a Cooperfrigu, em Gurupi. Segundo o presidente, com essa decisão da Rússia de privilegiar o Brasil como parceiro comercial, a quantidade de exportações tocantinenses para o país deve aumentar. “Nós ainda não temos uma estimativa de quanto isso deve impactar, mas com certeza, deve haver uma melhora para o Brasil e para o Estado do Tocantins”, avaliou Stival Júnior.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o Tocantins exportou 634.335 toneladas de produtos do agronegócio, no período de janeiro a junho deste ano. Se comparado ao primeiro semestre de 2013, quando foram produzidas 481.795 toneladas, o crescimento da exportação do agronegócio subiu 31,66%.
Os bovinos processados, como carnes, miúdos, couro, além de outros produtos alimentícios, fazem parte da lista de produtos de exportação. Segundo a Agência Tocantinense de Notícias (ATN), a carne bovina aparece em segundo lugar entre os produtos de exportação do Estado, atingindo a marca de 24 mil toneladas exportadas de janeiro a junho de 2014, principalmente para Rússia, Venezuela e Egito. Um crescimento de 5,72% se comparado ao mesmo período de 2013, quando foram exportados pouco mais de 23 mil toneladas. A ATN informou que, em valores, o crescimento foi de 10,01%, uma vez que de janeiro a junho de 2013 a venda do produto para outros países atingiu US$ 93,9 milhões, enquanto que de janeiro a junho de 2014, a venda foi de US$ 103,3 milhões.
Segundo o presidente Stival Júnior, a questão da expectativa de aumento das exportações de carne para a Rússia também está ligada ao que os frigoríficos habilitados vão gerar de emprego e renda para o Estado. “Atualmente existem oito plantas frigoríficas no Estado, que abatem cerca de 90 mil toneladas de carne por mês. Com essa abertura, haverá uma nova exportação e o primeiro diagnóstico que vejo é a maior contratação de mão-de-obra, inclusive pelas exigências feitas da Rússia, e, logicamente, o aumento do volume das exportações”, ressaltou.
Livre da aftosa
O secretário da Agricultura do Estado, Ruiter Pádua, disse, através da ATN, que o Tocantins é beneficiado por ser livre da aftosa e isso também contribui para o crescimento das exportações. “Por sermos um Estado livre da aftosa e termos dois frigoríficos credenciados para exportação, um em Gurupi e outro em Araguaína, é importante para esses números. O fato de nosso boi ser criado praticamente com a pastagem; e pela topografia do nosso Estado, que é bastante plana, conseguimos produzir uma carne mais macia. Isso tudo faz com que possamos exportar”, destacou o secretário.
Stival Junior disse acreditar que as novas exportações para a Rússia não devem impactar imediatamente nos preços da carne para o Estado, mas adianta que este semestre deve haver um aumento por causa da entressafra que acontece entre os meses de agosto e dezembro. “Nessa época, geralmente temos boi ou vaca confinada ou semi-confinada, que tem um custo maior e esse custo é repassado para o consumidor, é normal a carne subir de preço neste período”, explicou o presidente do Sindicarnes.

Fonte:oprogressonet.com

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