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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Homem com traumatismo craniano após briga de torcidas foge de hospital

Homem com traumatismo craniano após briga de torcidas foge de hospital

Torcedor aguardava para fazer exames na Santa Casa de Santos.
Confronto aconteceu horas antes do jogo entre Santos e Corinthians.

Do G1 Santos
Torcedores brigaram no entorno da Vila Belmiro (Foto: Reprodução/Cinegrafista Amador)Torcedores brigaram nos arredores da Vila Belmiro, sm Santos, SP (Foto: Reprodução/ GE)
Um dos envolvidos na briga entre torcedores do Santos Futebol Clube e do Corinthians antes do clássico desse domingo (10) pelo Campeonato Brasileiro fugiu de uma unidade de saúde de Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (11). Ele estava aguardando para fazer exames na Santa Casa da cidade quando se evadiu do local. A confusão assustou os moradores das residências próximas à Vila Belmiro, estádio que, popularmente, leva o nome do bairro.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Marcelo Tavares Pimentel, de 39 anos, estava internado por conta de um traumatismo craniano e seria submetido a novos exames de tomografia computadorizada, mas acabou fugindo da unidade após o horário de visitas, acompanhado por familiares.
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A vítima é um dos quatro torcedores do Santos atendidos na rede de saúde da cidade por conta do confronto. Dois foram encaminhados para o Pronto-Socorro da Zona Noroeste e o outro teve ferimentos leves e logo foi liberado pelos médicos. Seis corintianos também ficaram machucados e foram atendidos no Pronto-Socorro Central. Com a fuga de Pimentel, nenhum dos envolvidos na confusão permanece internado.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para identificar os torcedores envolvidos no confronto. Eles podem responder por crimes previstos no Estatuto do Torcedor. Já o Ministério Público de São Paulo tenta confirmar a participação de torcidas organizadas dos times na confusão.
A briga
Torcedores do Santos e do Corinthians utilizaram barras de ferro, pedaços de madeira e um rojão em uma briga generalizada nos arredores da Vila Belmiro, antes do clássico. Durante a confusão na Rua Dom Pedro I, os santistas, em maior número, espantaram os corintianos. Ao todo, havia cerca de 100 torcedores no conflito. Antes do incidente, outros focos de tumulto também tinham sido controlados pela Polícia Militar.
Testemunhas
A gerente administrativa Marlene da Silva, de 65 anos, relata que, apesar de morar desde 1997 nas imediações do estádio santista, nunca tinha visto cenas parecidas com as que foram registradas neste domingo. “Foi horrível. Eu fiquei morrendo de medo que eles invadissem o prédio. Eles estavam brigando bem na frente do edifício onde eu moro. Eles usaram paus e barras de ferro, quebraram vidros de carro. Vi um rapaz foi espancando com barra de ferro. Foi a primeira vez que vi algo assim aqui. Nunca tinha visto uma barbaridade dessas”, afirma.
Segundo Marlene, conflitos entre torcidas são constantes em jogos envolvendo times de grandes torcidas, mas a proporção tomada por essa briga é preocupante. “Eles usaram de tudo, até vassouras e contentores de lixo foram utilizados. Eles brigaram muito sério, jogaram rojões em cima das pessoas. Estamos preocupados. Esperamos que algo possa ser feito pela polícia para que, na próxima partida, não aconteça algo desse tipo”, destaca.
Já a estudante Nathalie Moure Vazques de Sales, de 20 anos, além do susto com a briga, teve o carro dela danificado pelo confronto entre os torcedores. “Nós estávamos dentro de casa, conversando depois do almoço, quando ouvimos os rojões. Achamos que era normal, por causa do jogo. Mas, quando olhamos, eles estavam destruindo um carro e parecia que estava tendo uma ‘guerra’ na rua. O meu carro também foi atingido. Danificaram os vidros de trás, que foram quebrados com garrafa. Ficou o buraco do que eles fizeram no veículo. Esse pedaço de garrafa utilizado foi parar na frente do carro. Quebraram o retrovisor e o painel também. O automóvel ficou marcado, cheio de pólvora. A sorte é que a lataria não foi tão dafinicada quanto eu pensei que poderia ter sido”, conta.
Torcedores detidos após conflito antes do clássico entre Santos e Corinthians (Foto: Marcos Ribolli/ GE)Torcedores detidos após conflito antes do clássico
(Foto: Marcos Ribolli/GE)
A estudante relata ainda que o conflito se estendeu pela Rua Mariz de Barros. “Foi horrível. Meu pai quando desceu, para olhar o meu carro, viu um homem sangrando. Foi algo bem triste, que a gente não imaginava presenciar. Soltaram bombas no prédio ao lado do nosso e um outro carro foi atingido dentro da garagem, mas não aconteceu nada demais. Todos ficamos assustados”, lembra.
Apesar do carro dela ter sofrido com o ataque dos torcedores, Nathalie acredita que o prejuízo, talvez, não tenha sido grande. “Ainda não sei ao certo, tanto que vou ao mecânico para avaliar. Mas, de qualquer forma, tenho seguro do carro. Apenas esperamos que situações como essa não se repitam mais”, conclui.
Briga em Pronto-Socorro
A confusão entre torcedores dos dois times se estendeu até o Pronto-Socorro Central de Santos. Quatro santistas feridos estavam sendo atendidos na unidade, quando torcedores corintianos teriam invadido o local para dar sequência ao conflito.

Testemunhas afirmam que os outros pacientes que estavam no PS ficaram apreensivos. Um homem que esperava por atendimento na unidade e, preferiu não se identificar, conta que os torcedores estavam exaltados. "Eles estavam muito nervosos. Foi o que a gente sentiu lá", relata.

Outra testemunha que também presenciou a nova briga diz que o pronto-socorro se tornou uma praça de guerra. "Se agrediram com as mãos. Foram chutes, socos, inclusive, acho que teve gente que já estava machucada e acabou se machucando mais ainda. Foi muito assustador para a gente que estava lá", lembra o rapaz.
A polícia foi chamada para acalmar os ânimos e conseguiu contornar a situação, restabelecendo a ordem.
Carro de estudante foi danificado após briga entre torcedores (Foto: Arquivo Pessoal/ Nathalie Sales)Carro de estudante foi danificado após briga entre torcedores (Foto: Arquivo Pessoal/Nathalie Sales)
 
 
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