É considerado um serial killer (assassino em série) um criminoso que comete dois ou mais assassinatos com um perfil psicopata, seguindo sempre o mesmo modus operandi (método para matar) e deixando sempre um tipo de assinatura bizarra.
No Brasil, foram muitos assassinos em série que
marcaram a nossa história policial com crimes bárbaros e perfis
assustadores, agindo com os mesmos rituais antes e durante os
assassinatos das vítimas. Confira nesse post cinco grandes serial killers que aterrorizaram o Brasil em toda sua história, conhecendo um pouco mais sobre seus perfis:
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José Ramos – O Linguiceiro da Rua do Arvoredo
Em 1863, na província de Porto Alegre, José Ramos era muito famoso por suas linguiças de fabricação própria que produzia junto com a mulher Catarina. José era tido como um homem elegante e apreciador das artes. Apesar desse perfil aparentemente honesto, supõe-se que ele produzia suas linguiças com uma carne especial, que era extraída diretamente de suas vítimas.
Ele e sua mulher atraíam pessoas para a sua casa e as envolviam com boa comida e a promessa de uma noite quente com Catarina. No entanto, as vítimas eram logo atingidas com um golpe de machadinha na cabeça. José tinha a ajuda do colega, o açougueiro Carlos Claussner, para esquartejar e fatiar a carne das vítimas para depois ser moída. Mesmo sendo seu amigo, Carlos também foi morto por Ramos devido a desentendimentos.
Os crimes só foram descobertos em 1894, chocando cerca de 20 mil habitantes da província na época, muito tempo depois de a vizinhança toda do açougue já ter se deliciado com as linguiças de José Ramos.
Ele foi condenado à prisão perpétua e morreu na cadeia. Catarina foi para um hospício, onde também ficou até morrer. O número de vítimas é desconhecido, mas existe o registro de alguns crimes e José Ramos pode ser considerado o primeiro assassino em série brasileiro, ao lado de Preto Amaral, que você confere a seguir:
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José Augusto do Amaral – Preto Amaral
José Augusto Amaral foi escravo até os 17 anos, quando ganhou a liberdade pela Lei Áurea. Logo, ele entrou para o exército e foi promovido a tenente na Guerra de Canudos, em 1897, integrou batalhões de polícia e tentou desertar, quando foi preso.
Ao sair da prisão, foi para São Paulo, onde passou a fazer bicos, mas foi preso novamente com a acusação de estrangulamento, estupro e morte de três pessoas (todos eram homens), sendo duas delas menores de idade. A forma de atrair era sempre com uma conversa amigável, pagando um café ou mesmo presenteando com alguma coisa para depois dar o bote.
A primeira vítima tinha 27 anos, a segunda tinha apenas 10 e foi encontrada dias depois sem os braços. A terceira vítima tinha 15 anos de idade, mas, até então, a polícia não tinha nenhuma pista. Então, um engraxate de nove anos, que seria mais uma vítima, conseguiu escapar de Amaral e contou à polícia. Amaral foi preso, torturado e confessou os crimes com detalhes. Ele morreu cinco meses depois de ser preso.
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Febrônio Índio do Brasil – O Filho da Luz
Ele abordava as vítimas (também todos eram homens jovens ou crianças) com promessa de emprego e, depois, as levava para a Ilha do Ribeiro, onde praticava os crimes e abandonava os corpos marcados. Ele foi preso, depois de alguns familiares das vítimas reconhecerem-no, e assumiu alguns dos crimes. O criminoso morreu aos 89 anos em um manicômio.
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José Paes Bezerra – O Monstro do Morumbi
Os corpos das mulheres mortas eram abandonados em terrenos baldios do Morumbi sempre com as mesmas características: nuas ou seminuas com pés e mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas, lenços, blusas, saias). A boca, o nariz e os ouvidos estavam sempre tampados com pedaços de jornal e papel amassados, além de uma tira de tecido que servia como mordaça e como um objeto de enforcamento.
Além de matar, Bezerra levava o dinheiro, joias e uma peça de roupa, que dava de presente à sua esposa que, mais tarde, o denunciou à polícia por não aguentar mais a situação. Com isso, ele fugiu para o Pará, onde matou mais três mulheres, mas logo foi preso e confessou os crimes.
Segundo a polícia, a razão de seus crimes poderia estar ligada a sua infância traumática, pois ele escolhia as vítimas que tinham características físicas parecidas com as da sua mãe, que era prostituta e o levava aos programas quando ele era criança. Ele assumiu ter matado mais de 24 mulheres, mas foi condenado pelo assassinato de apenas quatro vítimas, pois foram as relacionadas a provas concretas. Ele cumpriu a pena máxima de 30 anos, foi libertado em 2001 e ninguém sabe por onde ele anda atualmente.
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Francisco de Assis Pereira – O Maníaco do Parque
O motoboy Francisco de Assis Pereira tinha uma forma de atrair as suas vítimas que se repetiu em todos os crimes: ele prometia uma sessão de fotos para moças que pretendiam seguir carreira de modelo fotográfico.
Uma vez que ele conseguia levá-las para o Parque do Estado, na divisa da cidade de São Paulo com Diadema, Francisco as estuprava, espancava e matava por estrangulamento com cadarço de sapato ou uma cordinha que carregava sempre em sua pochete.
Conhecido como Maníaco de Parque, Francisco conseguiu atrair 14 mulheres para o local, sendo que cinco delas conseguiram escapar com vida depois de ser estupradas. Após ter o seu retrato falado divulgado, o Maníaco fugiu, mas foi capturado uma semana depois no Rio Grande do Sul, quando um pescador o reconheceu e o denunciou à polícia local.
Francisco confessou que havia matado todas as nove mulheres encontradas no Parque do Estado e foi condenado a 274 anos de prisão. Sobre o motivo que o levou a cometer os crimes, o assassino dizia que “tinha um lado ruim dentro dele e que não conseguia controlar” e também afirmou que foi molestado quando era criança por uma tia e violentado por um patrão na adolescência.
[Fonte: IssoÉBizarro, Megacurioso
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